terça-feira, 14 de outubro de 2008

República de Angola

PRINCIPAIS INDICADORES DEMOGRÁFICOS
fonte: http://www.consuladodeangola.org

Língua oficial: Português.

Principais línguas nacionais: UMBUNDU, KIMBUNDU, KIKONGU, FIOTE, TCHOKWE, N'GANGUELA E KUNHAMA.

Línguas e idiomas: Cerca de 70% da população fala a língua oficial angolana, o Português, as outras línguas não oficiais e bastantes faladas são os idiomas de origem Bantú, o seja o Ovibumdo, o Kimbumdo, o Kikongo, o Lunda, o Ganguela, o Lutchaze e o Ovampo. O Bochimano, e todos os dialectos daí provenientes, são falados no sul, por uma pequeníssima minoria, junto ao Rio Cunene.
Taxa de literacia: 42% da população com idade de 15 anos ou superior sabe ler e escrever, sendo destes 56% de homens e 28% de mulheres (estimativas de 1998).
População: 13.900.000 habitantes (estimativa do PNUD da ONU para 2002).
Densidade populacional: 9 habitantes por km².
Cidades mais populosas: Luanda com 1.500.000 habitantes (estimativa de 2001), Huambo com 203.000 habitantes, Benguela com 155.000 habitantes e Lobito com 150.000 habitantes estas três com dados de 1983, e por esse motivo bastante desactualizados, são aparentemente as cidades mais populosas de Angola.
Estrutura etária e Rácio de comparação sexual: Abaixo dos 14 cerca de 43.3% da população, havendo 1.02 homens por cada mulher, dos 15 aos 64 anos cerca de 53.9% da população, havendo 1.03 homens por cada mulher, acima dos 65 anos cerca de 2.8% da população, havendo 0.82 homens por cada mulher e no total da população há 1.02 homens por cada mulher (estimativas de 2002).
Crescimento natural anual: 2.18% (estimativa de 2002).
Taxa de natalidade: 46.18 nascimentos por 1.000 habitantes (estimativa de 2002).
Taxa de mortalidade: 24.35 mortes por 1.000 habitantes (estimativa de 2002).
Taxa de mortalidade Infantil: 191.66 mortes por 1.000 nados vivos (estimativa de 2002).
Taxa de expectativa de vida: 37.62 anos para os homens e 40.18 anos para as mulheres (estimativas de 2002).
Religião: Entre 45% a 50% da população professa as regiões tradicionais africanas, existe aproximadamente 35% a 40% de católicos e 15% de protestantes declarados (estimativas de 1998).
BREVE SÍNTESE HISTÓRICA: 500 anos de colonização portuguesa (1482-1975), 14 anos de luta de Libertação Nacional (1961-1975)Data de Independência: 11 de Novembro de 1975

ORGANIZAÇÃO POLÍTICO E ADMINISTRATIVA1992 Implantação da democracia pluripartidária e realização das primeiras eleições democráticas.A constituição estabelece o sistema semi-presidencialista com os seguintes órgãos do Estado:Presidente da República, Assembléia Nacional, Governo com um mandato de 5 anos e os Tribunais.

RECURSOS MINERAIS

Angola é um País eminentemente rico em recursos minerais. Estima-se que o seu subsolo alberga 35 dos 45 minerais mais importantes do comércio mundial entre os quais se destacam o petróleo, gás natural, diamante, fosfatos, substâncias betuminosas, ferro, cobre, magnésio, ouro e rochas ornamentais.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

A língua portuguesa na África

Na África é possível encontrar, em um mesmo país, diversos idiomas. Entre os diversos idiomas oficiais temos: francês, inglês, árabe, português, espanhol, suaíli, amárico e somali. Os de língua portuguesa são:
País-capital-independência
Guiné-Bissau - Bissau - 1974
Cabo Verde - Praia - 1975
São Tomé e Príncipe - São Tomé - 1975
Angola - Luanda - 1975
Moçambique - Maputo - 1975
fonte: livro "Literaturas africanas e afro-brasileira na prática pedagógica", Iris Maria da Costa Amâncio, Nilma Lino Gomes e Miriam Lúcia dos Santos Jorge editora Autêntica

sábado, 11 de outubro de 2008

Você, Brasil

VOCÊ, BRASIL
De Jorge Barbosa

Eu gosto de você, Brasil,
porque você é parecido com a minha terra.
Eu bem sei que você é um mundão
e que a minha terra são
dez ilhas perdidas no Atlântico,
sem nenhuma importância no mapa.
Eu já ouvi falar de suas cidades:
A maravilha do Rio de Janeiro,
São Paulo dinâmico, Pernambuco, Bahia de Todos-os-Santos.
Ao passo que as daqui
Não passam de três pequenas cidades.
Eu sei tudo isso perfeitamente bem,
mas Você é parecido com a minha terra.

E o seu povo que se parece com o meu,
que todos eles vieram de escravos
com o cruzamento depois de lusitanos e estrangeiros.
E o seu falar português que se parece com o nosso falar,
ambos cheiros de um sotaque vagaroso,
de sílabas pisadas na ponta da língua,
de alongamentos timbrados nos lábios
e de expressões terníssimas e desconcertantes.
É a alma da nossa gente humilde que reflete
A alma das sua gente simples,

Ambas cristãs e supersticiosas,
sortindo ainda saudades antigas
dos sertões africanos,
compreendendo uma poesia natural,
que ninguém lhes disse,
e sabendo uma filosofia sem erudição,
que ninguém lhes ensinou.

E gosto dos seus sambas, Brasil, das suas batucadas.
dos seus cateretês, das suas todas de negros,
caiu também no gosto da gente de cá,
que os canta dança e sente,
com o mesmo entusiasmo
e com o mesmo desalinho também...
As nossas mornas, as nossas polcas, os nossos cantares,
fazem lembrar as suas músicas,
com igual simplicidade e igual emoção.

Você, Brasil, é parecido com a minha terra,
as secas do Ceará são as nossas estiagens,
com a mesma intensidade de dramas e renúncias.
Mas há no entanto uma diferença:
é que os seus retirantes
têm léguas sem conta para fugir dos flagelos,
ao passo que aqui nem chega a haver os que fogem
porque seria para se afogarem no mar...

Nós também temos a nossa cachaça,
O grog de cana que é bebida rija.
Temos também os nossos tocadores de violão
E sem eles não havia bailes de jeito.
Conhecem na perfeição todos os tons
e causam sucesso nas serenatas,
feitas de propósito para despertar as moças
que ficam na cama a dormir nas noites de lua cheia.
Temos também o nosso café da ilha do Fogo
que é pena ser pouco,
mas — você não fica zangado —
é melhor do que o seu.

Eu gosto, de Você, Brasil.
Você é parecido com a minha terra.
O que é é tudo e à grande
E tudo aqui é em ponto mais pequeno...
Eu desejava ir-lhe fazer uma visita
mas isso é coisa impossível.
Eu gostava de ver de perto as coisas
espantosas que todos me contam
de Você,
de assistir aos sambas nos morros,
de esta cidadezinha do interior
que Ribeiro Couto descobriu num dia de muita ternura,
de me deixar arrastar na Praça Onze
na terça-feira de Carnaval.
Eu gostava de ver de perto um lugar no Sertão,
d de apertar a cintura de uma cabocla — Você deixa? —
e rolar com ela um maxixe requebrado.
Eu gostava enfim de o conhecer de mais perto
e você veria como é que eu sou bom camarada.

Havia então de botar uma fala
ao poeta Manuel Bandeira
de fazer uma consulta ao Dr. Jorge de Lima
para ver como é que a poesia receitava
este meu fígado tropical bastante cansado.
Havia de falar como Você
Com um i no si
— “si faz favor —
de trocar sempre os pronomes para antes dos verbos
— “mi dá um cigarro!”.

Mas tudo isso são coisas impossíveis, — Você sabe?
Impossíveis”.

Jorge Barbosa

Jorge Vera-Cruz Barbosa
nasceu na Ilha de Santiago, Cabo Verde, em 1902. Faleceu em Cova da Piedade, Portugal, em 1971. Foi funcionário público. Um dos membros mais importantes do movimento Claridade.
Publicou: Arquipélago. São Vicente: Cabo Verde, 1936; Ambiente. Praia: Cabo Verde, 1941. Caderno de um Ilhéu. Lisboa: 1956.

domingo, 5 de outubro de 2008

Origem do nome África

ÁFRICA
A origem da palavra África também não é clara. Os gregos usavam o termo Líbia e os romanos utilizavam a palavra África. Tanto num caso como noutro, referiam-se apenas à área geográfica que corresponde hoje, grosso modo, a Marrocos, Tunísia, Argélia e Líbia, área essa que diferenciavam claramente do Egipto e da Etiópia. Existem numerosas conjecturas sobre a origem do nome.
1- Há quem defenda a origem europeia do nome. Uns dizem que vem do grego «aphriké» (sem frio). Não explicam como conciliar isso com o nome Líbia usado pelos gregos, nem com o facto de estes designarem os negros como etíopes «Aithiops» (aspecto queimado). Quanto aos romanos, «Africus» seria o nome de um dos doze ventos mitológicos, neste caso o vento sudoeste, ou ainda o termo latino «Aprica» que significa ‘ensolarado’ que estariam na origem da designação do continente. Certo é que os romanos usavam já o termo Africa.
2- Há também a explicação da origem berbere. De facto, no tempo dos romanos a população do norte de África era constituída por 3 grupos principais: as tribos berberes indígenas, os antigos cartagineses de origem fenícia e os colonos romanos. Assim, África seria uma adaptação romana do nome de uma dessas tribos berberes, os «Avringa» ou «Aourigha».
3- Também muito difundida, é a teoria da origem árabe. Segundo esta hipótese, África viria do árabe «Afrigii» ou «Afridi» ou ainda «Afira» com o significado de ‘empoeirado’. Quando confrontados com o facto da presença romana anteceder vários séculos a invasão árabe, os defensores desta hipótese argumentam fragilmente que a língua berbere e o árabe têm um tronco comum, explicação esta que repõe novamente nos berberes a origem do nome. O mais provável é que os árabes tenham traduzido o nome romano.
4- O pitoresco avoluma-se quando se consideram explicações mais avulsas como por exemplo que África poderia derivar do reino bíblico de Ofir; que poderia vir do fenício «Apikt»; ou do termo também fenício «Pharikia» que significa ‘terra dos frutos’.
Fonte: http://insoniasoniricas.net/sobrenomes.htm acessado em 05-10-2008